PRESO AO PASSADO? LIBERTE-SE DISTO!
REFLEXÕES - PRESO AO PASSADO? LIBERTE-SE DISTO!
"E viveu Terá setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor, e a Harã. E estas são as gerações de Terá: Terá gerou a Abrão, a Naor, e a Harã; e Harã gerou a Ló.
E morreu Harã estando seu pai Terá ainda vivo, na terra do seu nascimento, em Ur dos caldeus.
E tomaram Abrão e Naor mulheres para si: o nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher de Naor era Milca, filha de Harã, pai de Milca e pai de Iscá. E Sarai foi estéril, não tinha filhos.
E tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã, e habitaram ali. E foram os dias de Terá duzentos e cinco anos, e morreu Terá em Harã.
Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei." (Gênesis 11,27-12,1)
Antes de qualquer coisa, quero enfatizar que o que será abordado aqui são apenas conjecturas a respeito da vida de Terá. O que será extraído do texto é apenas uma reflexão que pode nos ajudar a repensar nossa vida.
Comecemos.
A primeira coisa que percebemos neste texto é a presença de três lugares: Ur dos Caldeus, Harã e Canaã, como se pode ver no mapa.
O texto diz que Harã (filho de Terá) morreu em Ur dos Caldeus. Após isto, Terá decide sair com sua família rumo a Canaã, porém, chegando em Harã (cidade), ali se estabeleceu.
Analisemos o que isso pode nos ensinar hoje...
Não sabemos o real motivo da mudança de Terá. Só sabemos que Harã morreu e, após sua morte, Terá decide ir a Canaã (que, lembremos, é a terra prometida, que "mana leite e mel").
Os motivos poderiam ser vários, mas gostaria de pensar um dos prováveis: fuga das memórias dolorosas de sua perda. Quiça Ur dos Caldeus ainda "cheirasse" a Harã, guardasse as lembranças de toda a vivência que tiveram juntos. Talvez por isso Terá decidiu sair de sua cidade natal. Porém ao chegar em Harã, Terá "se esquece" de seguir viagem a Canaã e fica na cidade que lembra o nome de seu falecido filho.
A primeira lição que podemos tirar da vida de Terá é que não devemos fugir das memórias que nos assolam. Se passamos momentos de crise, dor, humilhação etc., devemos encará-los e não fugir deles. Terá quiça não resolveu seu problema quando mudou de cidade. Ele deveria, primeiro de tudo, ter lidado com a morte de seu filho e a superado. Talvez, como não superou a morte de Harã (seu filho), isto o perseguiu por toda a vida, acorrentando-o a suas memórias, a sua dor.
Uma expressão muito interessante no texto bíblico é: "E morreu Terá em Harã". Logicamente, o texto se refere à cidade. Porém podemos trazer para o sentido emocional. Terá pode ter morrido emocionalmente quando da morte de Harã. A segunda lição que tiramos é: não podemos deixar que as circunstâncias da vida nos matem emocional ou espiritualmente.
A terceira e última lição que aprendemos com Terá é que ele deixou de habitar uma terra próspera, por estar atrelado às dores e memórias do passado. O que eu ou você estamos perdendo por estar carregando os traumas de nossas dores, os "fantasmas" do passado? É tempo de levantar a cabeça e ser como Abrão!
Abrão viveu por 75 anos neste possível ambiente enlutado. Quiçá Abrão também vivesse essa acomodação de viver à custa do passado, como seu pai o fizera por tanto tempo. Acomodação porque estava acostumado a viver assim. Quiçá Abrão vivesse às custas de seu pai, no sentido de não querer seguir adiante com sua vida por pensar que seu pai não superaria a morte de seu filho. Talvez Abrão carregasse uma carga que não era dele. O fato é que tanto Terá quanto Abrão viviam presos. Talvez Terá vivesse preso ao passado e Abrão vivesse preso a seu pai.
A diferença, porém, entre Terá e Abrão é que este se libertou de sua prisão emocional. Ao ser desafiado por Deus - "sai de tua terra" - , Abrão consegue quebrar as correntes que o prenderam durante 75 anos de sua vida.
Terá, devido a sua ligação com o passado, não conseguiu chegar a seu objetivo. Abrão, por sua vez, somente chegou ao destino que seu pai traçara quando pode quebrar os grilhões emocionais que o sujeitavam. "Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei."
Esta foi a palavra de Deus para Abrão. Deus nos desafia hoje a sair do nosso ambiente de luto, de tristezas passadas, de perdas que sofremos, de maus tratos que recebemos, de traumas e "fantasmas" que nos assolam. Ele nos mostrará uma "terra que mana leite e mel", ou seja, Ele nos guiará para uma vida de paz, mesmo em meio a dores, e nos ajudará a superar todos os nossos traumas e medos. Basta sermos como Abrão, aceitar o desafio e seguir por FÉ.
Quem sou eu? Terá ou Abrão?
Marcus Menegatti é o autor do blog TEO E VIDA e bacharel em Teologia, formado na Faculdade Batista - Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.
"E viveu Terá setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor, e a Harã. E estas são as gerações de Terá: Terá gerou a Abrão, a Naor, e a Harã; e Harã gerou a Ló.
E morreu Harã estando seu pai Terá ainda vivo, na terra do seu nascimento, em Ur dos caldeus.
E tomaram Abrão e Naor mulheres para si: o nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher de Naor era Milca, filha de Harã, pai de Milca e pai de Iscá. E Sarai foi estéril, não tinha filhos.
E tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã, e habitaram ali. E foram os dias de Terá duzentos e cinco anos, e morreu Terá em Harã.
Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei." (Gênesis 11,27-12,1)
Antes de qualquer coisa, quero enfatizar que o que será abordado aqui são apenas conjecturas a respeito da vida de Terá. O que será extraído do texto é apenas uma reflexão que pode nos ajudar a repensar nossa vida.
Comecemos.
A primeira coisa que percebemos neste texto é a presença de três lugares: Ur dos Caldeus, Harã e Canaã, como se pode ver no mapa.
O texto diz que Harã (filho de Terá) morreu em Ur dos Caldeus. Após isto, Terá decide sair com sua família rumo a Canaã, porém, chegando em Harã (cidade), ali se estabeleceu.
Analisemos o que isso pode nos ensinar hoje...
Não sabemos o real motivo da mudança de Terá. Só sabemos que Harã morreu e, após sua morte, Terá decide ir a Canaã (que, lembremos, é a terra prometida, que "mana leite e mel").
Os motivos poderiam ser vários, mas gostaria de pensar um dos prováveis: fuga das memórias dolorosas de sua perda. Quiça Ur dos Caldeus ainda "cheirasse" a Harã, guardasse as lembranças de toda a vivência que tiveram juntos. Talvez por isso Terá decidiu sair de sua cidade natal. Porém ao chegar em Harã, Terá "se esquece" de seguir viagem a Canaã e fica na cidade que lembra o nome de seu falecido filho.
A primeira lição que podemos tirar da vida de Terá é que não devemos fugir das memórias que nos assolam. Se passamos momentos de crise, dor, humilhação etc., devemos encará-los e não fugir deles. Terá quiça não resolveu seu problema quando mudou de cidade. Ele deveria, primeiro de tudo, ter lidado com a morte de seu filho e a superado. Talvez, como não superou a morte de Harã (seu filho), isto o perseguiu por toda a vida, acorrentando-o a suas memórias, a sua dor.
Uma expressão muito interessante no texto bíblico é: "E morreu Terá em Harã". Logicamente, o texto se refere à cidade. Porém podemos trazer para o sentido emocional. Terá pode ter morrido emocionalmente quando da morte de Harã. A segunda lição que tiramos é: não podemos deixar que as circunstâncias da vida nos matem emocional ou espiritualmente.
A terceira e última lição que aprendemos com Terá é que ele deixou de habitar uma terra próspera, por estar atrelado às dores e memórias do passado. O que eu ou você estamos perdendo por estar carregando os traumas de nossas dores, os "fantasmas" do passado? É tempo de levantar a cabeça e ser como Abrão!
Abrão viveu por 75 anos neste possível ambiente enlutado. Quiçá Abrão também vivesse essa acomodação de viver à custa do passado, como seu pai o fizera por tanto tempo. Acomodação porque estava acostumado a viver assim. Quiçá Abrão vivesse às custas de seu pai, no sentido de não querer seguir adiante com sua vida por pensar que seu pai não superaria a morte de seu filho. Talvez Abrão carregasse uma carga que não era dele. O fato é que tanto Terá quanto Abrão viviam presos. Talvez Terá vivesse preso ao passado e Abrão vivesse preso a seu pai.
A diferença, porém, entre Terá e Abrão é que este se libertou de sua prisão emocional. Ao ser desafiado por Deus - "sai de tua terra" - , Abrão consegue quebrar as correntes que o prenderam durante 75 anos de sua vida.
Terá, devido a sua ligação com o passado, não conseguiu chegar a seu objetivo. Abrão, por sua vez, somente chegou ao destino que seu pai traçara quando pode quebrar os grilhões emocionais que o sujeitavam. "Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei."
Esta foi a palavra de Deus para Abrão. Deus nos desafia hoje a sair do nosso ambiente de luto, de tristezas passadas, de perdas que sofremos, de maus tratos que recebemos, de traumas e "fantasmas" que nos assolam. Ele nos mostrará uma "terra que mana leite e mel", ou seja, Ele nos guiará para uma vida de paz, mesmo em meio a dores, e nos ajudará a superar todos os nossos traumas e medos. Basta sermos como Abrão, aceitar o desafio e seguir por FÉ.
Quem sou eu? Terá ou Abrão?
Marcus Menegatti é o autor do blog TEO E VIDA e bacharel em Teologia, formado na Faculdade Batista - Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.
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